Reúnem-se neste livro oito textos cujo quadro teórico é o do diálogo entre a História e a Comunicação, entre a política e os sistemas mediáticos escritos da contemporaneidade portuguesa, explorando a relação entre os poderes e a imprensa e o desenvolvimento (demográfico, numérico, social ou cultural) do fenómeno do espaço público e da opinião pública nacional. A linha cronológica inicia-se na politização do espaço público na resistência às invasões napoleónicas, percorre diversas abordagens da política, da sociedade, da legislação e da projeção da imprensa ao longo do século XIX e das primeiras décadas do século XX, e termina com uma invocação dos jornais, jornalistas e censura no quadro do Estado Novo ou já na vigência democrática do «quarto poder frustrado».