O desporto pode reproduzir desigualdades ou favorecer a coesão social; pode ser espetáculo alienante ou lugar de hospitalidade; pode reduzir-se a mercadoria ou abrir horizontes de transcendência. Talvez resida aí a sua humanidade: na tensão entre corpo e espírito, rivalidade e cuidado, confronto e abraço, empreendimento individual e dignidade partilhada. É nessa "dobra" que o desporto se mantém digno de ser vivido.