A partir do convívio diário com jovens universitários por mais de três décadas, Sonia Chébel percebeu o fascínio que automóveis e motos exercem sobre esse grupo, sobretudo levando em consideração o quanto foram se tornando símbolos de status e ascensão social ao longo do tempo.
Na mesma medida, também observou o crescente número de jovens em licença médica prolongada, em decorrência de acidentes de trânsito. Por considerar que esse problema é parcialmente prevenível, a autora se debruça sobre o comportamento desses jovens a partir do conflito existente entre o respeito às normas e as transgressões a elas, utilizando a entrevista reflexiva realizada de maneira coletiva, porque toda entrevista tem um caráter de intervenção.
A obra também apresenta pesquisas na área de psicologia no trânsito, nas perspectivas comportamental e sistêmica (homeostase de risco), e traz uma proposta de educação para o trânsito como desenvolvimento de consciência.