Francis Barrett, neste livro publicado em 1801, em Londres, reuniu como muito trabalho e esforço tudo o que existia, até então, sobre Magia Natural, Cabala, Magia Celeste e Cerimonial, Alquimia e Magnetismo.
Barrett também discorre sobre a vida e obra de filósofos que tiveram sua influência no pensamento humano, buscando a imparcialidade, mas retratando a crítica da época. Ele próprio dividiu o livro em dois, e em partes, apesar de todo o material estar reunido em um só volume.
Como fonte, usou as obras de Zoroastro, Hermes Trismegisto, Apolônio de Tyana, Simão do Templo, Trithemius, Agrippa, Porta (o Napolitano - que tem um interessante estudo de fisiognomonia, ao lado do de Lavater), Dee, Paracelso, Roger Bacon e muitos outros.
Sobre a magia, assim se pronuncia ele: "É uma ciência muito boa e louvável da qual uma pessoa pode tirar proveito, tornando-se sábia e feliz. Sua prática está longe de ser ofensiva a Deus ou ao homem, pois a própria raíz ou fundamento de toda a magia brota das Escrituras Sagradas, a saber: 'O temor a Deus é o início de toda a sabedoria', e a caridade é o objetivo. [...] e por essa razão os sábios eram chamados Magi."
Portando, os reis Magos, com todo o conhecimento e a sabedoria, puderam reconhecer que Cristo, o Salvador, havia nascido entre os homens.
Suas últimas recomendações, antes que alguém leia o livro, dizem respeito ao uso deste conhecimento: que seja usado para a honra de nosso Criador e benefício do próximo, sentindo, portanto, a satisfação de estar cumprindo o dever. Manter silênciao e só falar àqueles que mereçam ouvir, para não dar pérolas a porcos. "Sê amável com todos, mas não íntimo, como dizem as Escrituras, pois muitos são lobos em pele de cordeiro."