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Chrysanthème é o pseudônimo da carioca Maria Cecília Bandeira de Melo Vasconcelos (1870-1948). A escritora, hoje praticamente desconhecida, é a autora de uma vasta produção literária nas décadas de 1920 e 1930, composta por romances, crônicas, livros infantis, peças de teatro e ensaios. Dos 16 livros que publicou, conservaram-se raros exemplares - como é o caso deste Enervadas, lançado em 1922, que, ao que tudo indica, nunca recebeu uma segunda edição. Na obra de Chrysanthème, destacam-se as personagens femininas que questionavam os papéis tradicionalmente impostos à mulher na sociedade da época.
Seu pioneirismo na escrita de mulheres no Brasil foi precedido pela mãe, Emília Moncorvo Bandeira de Melo, que assumiu, em O Paiz, sob o pseudônimo de Carmen Dolores, a coluna de crônicas de Machado de Assis. O pseudônimo Chrysanthème, que às vezes se apresentava como Madame Chrysantème, veio do popular romance homônimo do francês Pierre Loti, que ironicamente descrevia o amor de uma submissa gueixa.
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