"A homossexualidade certamente não é uma vantagem, tampouco é algo de que se envergonhar, não é nenhum vício, nenhuma degradação, não pode ser classificada como doença".
Sigmund Freud
Em 1935, uma mulher americana escreveu a Freud, aflita que estava com a sexualidade de seu filho. Em 9 de abril do mesmo ano, ele escreve a resposta que se tornaria não apenas um documento histórico, mas também um poderoso instrumento de luta. Não por acaso, a carta circularia nas redes sociais brasileiras na infame disputa em torno da chamada "cura gay", mostrando toda sua inesperada atualidade.
Oito décadas depois de Freud acalmar o coração daquela mãe, a Autêntica convidou ativistas, mães, filhos, pessoas LGBT ou não, psicanalistas, gente da literatura, da sociologia, da filosofia, do direito, dos estudos de gênero, etc., a se fazer uma pergunta: e se a carta do Dr. Freud fosse endereçada a você? O resultado são textos que expressam a diversidade das várias perspectivas teóricas, políticas, literárias e sexuais dos missivistas. As cartas, ora profundamente pessoais, ora claramente ficcionais, trazem a Freud as angústias de hoje, contam a ele as vitórias e as conquistas, mas também os desafios que ainda permanecem.
E você, leitor, como responderia se a carta de Freud fosse endereçada a você?